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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Incessante Sim

Dizer não, querer dizer sim
A razão quer a ilusão fin-dar
A fúria trama com o ódio um estopim
A desapego forçado forja uma segurança de si
O amor que não queria
O querer que não devia
O tempo como pílula de farinha
Cura dores
Refaz fantasias
A distância dos corpos não distancia corações
O silêncio da noite não silencia diurturnos gemidos d'alma
A mentira da indiferença não mente para a (in)consciência
A bússola das relações desnorteadas
Tem todas as direções
Aponta pra uma
Se ergue
Vira e mexe
Caminha pro Sul

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Macheza

O que foi, seu moço?
O que foi, seu moço, que você prometeu?
Nada de grude a toa
Uma transa muito boa
Sem fantasias de Romeu
Mas o que foi, seu moço?
O que foi, seu moço, que no fim você lhe deu?
Cobranças a ricas doses
Ejaculação precoce
E de encantado só Morpheu
E então, seu moço?!
E então, seu moço, onde foi que se perdeu?
Não esperou tomar na cara
Não se trancou em casa
Esperando por um carinho seu
Agora entenda, seu moço
Veja bem, seu moço:
Até descumpra o que lhe prometeu
Só não se meta com mulher de verdade,
A inteligência é sua vaidade
A natureza a favoreceu
Passe bem, seu moço
Vá embora, seu moço
Da sua vida já vai tarde
O teu machismo, seu moço
É infantil, seu moço
Inflama sua a viril-idade
Fazer o que, seu moço?
Como um bom macho, seu moço
Pro's amigos, fingir que não sofreu.