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terça-feira, 26 de junho de 2012

Alguidar

Todo mundo faz que entende
Ninguém está aqui dentro pra saber
São as muitas metades espalhadas pela vida
Todas inteiras de si
A alma em esquizofrenia pura
Louca, varrida, se desnuda
Tudo a mostra em pele crua
Olhos e pensamentos vagantes nas ruas
Palavras em tempos de discursos prontos
Se enfeitam para passear em via pública
Todas as letras concatenadas
Insinuam uma postura ortográfrica e politicamente corretas
Todas prontas para destilar ilusões
Criar verões em invernos
Trazer águas de limpezas para os turbilhões
O mundo tão cheio de vazios
Erra o alfabeto
Os números que aparecem nos jornais
Os símbolos das histórias pessoais
Em mim todas as metades inteiras
Em vazios de mentiras verdadeiras
A escrita como deságue de (in)certezas
Os versos inspirados em forças (o)cultas
A poesia, uma magia negra!!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

TPM

O desaguar avermelhado (re)encarna a cada ciclo todas as dores do mundo
Sangra o sexo, mas explode o peito de todos os amores sem absorventes
Tensiona a Procura Miserável pelo motivo de cada lágrima
Treme Pelos Massacres raivosos por tudo e por nada despertados
Teme a Perda de Migalhas sentimentais
Transforma Política Militar em íntimo sofrimento
Tenta Provocar Mortes mentalmente armadas em planos vis
Terroristas Paramentados de Marinha, em sua cabeça, alvos desarmados
Sangue jorrado entre as pernas em periódicos estupros universais
Tudo à volta abusa um pouco, todos cúmplices de uma violência hormonal